Tecnomagia

Acham que o Jamelão da Histeria™ é o único que possui poderes mágicos na tecnologia? Ledo engano. VOCÊ poderá fazer magia em casa utilizando gadgets do dia-a-dia!


Para os que não conhecem o termo, os praticantes de magia são chamados de magistas.
Nos primórdios, executavam seus rituais em ambientes silvestres se utilizando dos elementos que eram encontrados diretamente na natureza. Surgiam os Xamãs.

Chamã....

Após o desenvolvimento agrícola e do ferramental, os magistas se utilizavam de ervas, vassouras e outros objetos para realizar a magicka, onde tem origem a feitiçaria. Mais à frente e munidos de objetos religiosos e apetrechos como capas e consolos de madeira, surge a Alta Magia.
Os avanços científicos iniciam seu processo incessante e surge também a alquimia.

Vários anos se passaram até obterem a Pedra Filosofal, que nada mais é do que um filme do Harry Potter.

Olhando por esse prisma, os magistas atuais poderiam facilmente transferir os antigos ritos se utilizando de objetos atuais, que fazem parte do nosso dia-a-dia, como uma vez fez o caldeirão.
Se os rituais de outrora eram fórmulas e regras, por quê não transferir isso diretamente para a tecnologia, como a programação?

Já praticávamos a Magicka há tempos e não sabíamos...

Se por exemplo, é executado um ritual para fazer uma pessoas obedecer um certo padrão, não seria de mesmo resultado se programássemos um software que uma pessoa executasse exatamente aquilo que queríamos? Não seria essa a magia de nossa Era?
Mas a programação não é utilizada apenas via um computador, com a tecnologia atual podemos criar ritos com precisão nunca antes alcançada. Vejam alguma utilizações:

• Para armazenar textos e imagens e/ou resultados de  experiências mágickas. Tudo isso guardado em um ambiente fácil onde grimórios enormes podem ser pesquisados em segundos por palavras chaves (BitLocker, WinRar e cia...);

• Para transformar seu diário onírico em uma versão online e dela poder gerar TagClouds do seu inconsciente, criando uma nova visão do seu mundo interior (o uso de drogas já foi mais legal... hoje é só sonhar com Steve Jobs que é um sinal...);

• Para agir em propósitos mais tradicionais como a meditação. Existem aplicativos próprios para isso com sinais sonoros e timers programáveis (usar o iConsolo™ pra te acordar dum transe numa transa);

• Para criar perfis falsos em redes sociais de pessoas com visões de mundo completamente diferentes e assim viver suas realidades temporariamente (não comentarei sobre isso);

• Para servir de receptáculo para prender ou acomodar entidades. Antigamente os magistas faziam isso com cristais. Silício é um cristal (não cara, começou a onda hippie..);

• Para construir um site com uma egrégora. Crie algo que seja alimentado dia e noite por famintos visitantes e realize seus desejos em troca de atenção e energia. Não precisa ser algo parasita, dê algo que as pessoas querem em troca, ou elas não voltarão (tipo um blog?);

• Para fornecer um ambiente novo e alternativo para o praticante realizarem seus rituais. Pode-se até ter o seu próprio templo em seu desktop ou usar uma imagem em tela cheia como ponto de foco para um ritual (exatamente como  um altar) onde após o ritual ser feito, o efeito vai da tela para a máquina e desta para a Internet, da internet pra as mentes ligadas ela e assim para o astral (ou seja, use drogas pesadas);

• Para editar seu fundo de tela, sua foto de perfil e seu status que podem ser usados para prestar homenagens aos novos deuses de nosso tempo (como Jobs e Nadjada);

• Para salvar em um pendrive hinos, odes, litanias, poesias, imagens, símbolos e sigilos sobre um determinado Deus/conceito/arquétipo/idéia e depois carrega-lo como um amuleto (acho que fazemos inconscientemente isso, mas com pr0n);

• Para usar praticamente todo método clássico que possui versões digitais e aplicativos como tarot, búzios, runas, i-ching (macumba rola?);

• Para perguntar ao Google de um jeito diferente (não cara, não...);

• Para criar programas que não apenas construam sigilos, mas também os carreguem de modo artificial, algo semelhante as rodas de orações tibetanas. Use a capacidade de processamento da máquina como uma forma de sacrifício (já uso Windows, então tá valendo!);

• Para usar a mente dos outros incluindo mensagens subliminares nas máquinas dos outros para lançar sigilos em suas mentes sem que percebam;

• Para fazer representações muito mais realistas que as de pano para suas praticas vodu. Modele um personagens tridimensional e dê mais realismo a sua tortura remota. O restante da operação continua idêntico (quem manja 3D aí pra imprimir uma verruga?);

• Para inventar novas formas de carregar sigilos, por exemplo, simplesmente criando uma imagem e colocar em um canto da tela e então escolhendo um jogo de computador (em especial jogos de ação) e usando o intento de que ao acabar o jogo o sigilo estará carregado. Se acha que game-gnosis não funciona apenas de uma olhada nos rosto dos habitues das lan houses (isso e ficar olhando fixamente para uma pessoa aleatória no ponto de ônibus).

"Acho que hoje em dia é mais divertido fazer magia"

 Isso aí macacada, achavam que só a Berinjela Empírica™ é que fazia Mágica™? Todos nós podemos fazer, basta acreditar! (parece frase de filme da Xuxa...)