quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

 REVIEW FONES KBEAR STELLAR MX500


Eis uma afável surpresa que custa por volta de RS35,00 que pra mim, foi uma viagem no tempo.

Lembram daqueles fones que vinham em discman e walkman, que quase nunca ficavam parados na orelha e tinham aquele característico sonzinho de radinho de pilha que chegava a cansar? Ou melhor: fones de camelô - os mais boqueta possível - que já arrependia o pior dos ouvintes logo na compra.

Com o design copiado na cara dura baseado nos antigos Sennheiser MX500 e com acabamento decente dentro da faixa de preço,o KBEAR STELLAR MX500 é estranhamente surpreendente quanto à sua qualidade de som. O comprei no AliExpress.


Senheiser MX500 original

KBEAR STELLAR oliginal

Começando pelas espumas, que são essenciais pros fones prenderem no ouvido mas são aquela coisa: com o tempo vão dissolver sozinhas senão com o uso. Palabéns!

O cabo é daqueles de silicone como os fones que acompanham - por enquanto - alguns modelos de celular, principalmente os da Samsung. Apesar do detalhe aparentar ser um tanque de guerra perto daqueles foninhos de antigamente, é um pouco mais fino do que os de celular.

Algo que ruim é o plug, pelo fato de ser reto e usando com o celular no bolso, logo irá falhar. E apesar de ser muito confortáveis no ouvido, ao andar o peso do fio vai puxando o lado oposto do bolso onde fica o celular - aconselhável um clip de lapela.


Cabo semi-mequetrefe

Agora vem o que realmente é interessante nessa barateza: o som.

Fiquei embasbacado.

Sou adepto do over ear, odeio fones in-ear e apenas uma vez fiquei impressionado com o som de um - custom com o molde do cliente e dois driver, não lembro a marca - e novamente tive de me curvar ante à capacidade de transmitir música por esses pequenos prodígios.

A primeira coisa que me chamou atenção é que o som tem corpo! Uma merdinha dessas passando um peso junto ao palco sonoro - que não é dos melhores, mas passa bom longe de ser ruim - e dando uma sensação de presença que não esperava.

Os graves são além do ok, eles são definidos e você percebe que é bem detalhado e não embola - apesar de dar um trato nos médio-graves pois sempre encontro uma certa confusão entre 90 e 160kHz - e não percebi distorção alguma mesmo em gravações sensíveis quanto à faixa. Mas nada que exploda os tímpanos, porém bons.

Aconselho o álbum Wasting Light do Foo Fighters e o Kind of Blue do Miles Davies para isso.

Os médios não me cansaram, apesar de não achar que dêem toda aquela atenção aos vocais por exemplo, de modo algum se mostraram enjoativos e não houve nada que realmente sentisse falta. Guitarras soaram exatamente como deveriam - apesar de achar o low cut que executam na mixagem exagerado por uma ligeira falta de corpo - e metais em orquestra soam suaves.

 

O que normalmente parece balela nessa situação, deva ser verdade

 

As freqüências que mais me preocupo - por uma questão pessoal - são os agudos. Aliás, os médio-agudos são estupidamente bem definidos por ser fones baratos assim, e passam um detalhamento que não esperava.

Nos agudos não há rispidez, mesmo com minha equalização exagerada nessa faixa. Pratos soaram suavemente cortantes e que me fizeram prestar atenção à cada passagem de destaque.

Confira o disco No Prayer For The Dying do Iron Maiden para um exemplo mais exato, onde o som parece brilhar tamanha clareza.

 


Em suma: vale cada centavo e parece que você está roubando algo. O segundo está chegando pra mim mês que vem. É um pau-pra-toda-obra com qualidade sonora estapafúrdia.

O conheci no canal Mind The Headphone, que é muito bom pra quem gosta do assunto.



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