terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Três



Alguns dizem que as forças do universo são guiadas por uma deidade suprema, outros dizem que o equilíbrio é apenas alcançado por duas partes. Digo mais, o mínimo para equalizar A Existência são três.




Há vários anos, tive vários tipos de TOC identificados. Eles começaram a atrapalhar minha vida de várias maneiras, como me impedir de finalizar alguma tarefa sob circunstâncias muito específicas, ou num tempo pré determinado. Mas nenhum foi pior do que A Regra de Três.



Quando ia atravessar uma rua, eu tinha de estar a três metros, três passos, ou algum múltiplo de três de distância da calçada quando terminava a travessia, senão sentia uma insegurança enorme a ponto de me fazer passar mal, tipo como e acabasse de bater numa velha na rua sem motivo algum (se bem que seria da hora isso...).

Às vezes tinha de repetir a tarefa com três detalhes iguais para me sentir satisfeito ou passar a sensação de que fora bem realizada, como apagar a luz três vezes, piscar ou até mesmo falar alguma palavras pra mim mesmo, apenas pra completar o ciclo do três.



Claro que me sentia um idiota me limitando dessa maneira, e fazendo isso escondido três vezes em minha mente. Porém matutei algo pra fazer com que essa mania incontrolável se tornasse algo útil: comecei a categorizar tudo em três características, ou em três partes.


Por quê não?

Então com o tempo, parei de me sentir culpado com o número três e iniciei uma cruzada contra mim mesmo. Usei isso ao meu favor. Dividia trabalhos de escola em três partes, organizava minhas coisas em três categorias ou idem quanto à tarefas do dia.

Com o passar do tempo, o número começou a se tornar um sinônimo de organização e ordem, um significado especial, e a ser útil em minha vida. Comecei a ver que o equilíbrio de tudo está no número três, como se fosse um tripé apoiando todas as teorias e características de tudo, um numeral mágico (não, não consigo ver nada de mágico na Apple, mesmo) que simplificaria tudo em apenas três pontos.


Resolvido!

Hoje consigo ver o número três em tudo: de pontos para me orientar no espaço até em quantidade de divisões de uma tela para um trabalho. Aliás, existe a Regra dos Terços na fotografia e vídeo, para enquadramento de interesses num take. O Lower Third (não turd!), que nada mais é aquela barrinha onde colocam o nome de alguém na tevê. Meu trabalho tem tudo a ver com o número!

Para um escritor, bastam três pontos para chamar a atenção do público: Simplicidade, Brevidade e Objetividade!

Cabala? Numerologia? Neurose? Os três!

Podemos ver isso no meio artístico, como o símbolo do Zeppelin John Bonham, que é um sigilo para o número três (uma das primeiras representações gráficas para a Trindade) e também a famosa Triforce do jogo Zelda.

Claro que estou "curado" da mania da tríade (que de vez em quando surgem mas nem atrapalham), e que na real nem tudo se atém à regra do três, mas me ajuda e organizar os pensamentos e idéias.
Pra escrever por exemplo, penso como um leitor, não como apenas transmissor maníaco e ininterrupto de idéias em blocos de três, uso o bom senso.


Já desde cedo a ser idiota incorporar o número três!

Mas que comecemos os jogos!

Conseguem enxergar o número três em tudo também? Num experimento que fiz no grupo do Telegram, todos que opinaram sabiam de imediato onde e como utilizar o mágico trio. Inúmeros exemplos foram citados, do "melhor de três" pra baixo....

Half Life³? Estava lá! ODZ? Três letras! Sua Mãe™? Três milhões de toneladas!

Me digam se não há lógica nisso? Até os gaúcho concordam com isso, pois é Tri!




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