Olá amygos!
Aqui quem vos fala é o Papel
Aluminio Gato Viajante. A pedido do Senhor Lord dos Universo Que Tem o Poder de Editar o Blog e Não Adianta Me Xingar Que Eu Edito De Novo, que está deveras
ocupado resolvendo assuntos não resolvidos com o Roberto, vou inaugurar
uma nova ala do blorgue, o ODZ Travel.
Ratos
adoram viajar, sempre entram clandestinamente em navios em busca de
aventura, levando suas pulgas para passear e infectar humanos em novos
continentes. Gatos são seus inimigos naturais, e portanto, eram escravizados levados para ir junto nas caravelas,
caçando os pobres roedores. Mesmo no futuro, gatos continuarão viajando
pois além de caçar ratos, também servem para receber afago de humanos
desesperados perseguidos por Aliens em cargueiros espaciais (RIP
Nostromo).
Esse dia foi loko. |
ENFIM,
vamos direto ao punto ponto. Eu, Gato Viajante,
adoro viajar e já estive em muitos lugares bacanas. Outros nem tanto,
como a Lagoa Santa. E é desse antro que vou lhes falar hoje.
Lagoa
Santa é um município minúsculo perdido entre Goiás e o Estado do Mato Grosso do
Hal. Digo, do Sul. O lugar é tão bosta que possuía em 2007 apenas 1225
habitantes, sendo 602 homens e 623 mulheres (dado inútil). Ou seja,
ninguém quer ir pra esse fim de mundo. Mas de alguma forma, acabei indo
parar lá.
Acontece que existe
uma lenda propagada entre os caipiras da região. As águas quentes seriam
milagrosas e curariam os males do corpo e da alma. Essa lenda foi parar
em meus ouvidos e resolvi ir checar se era verdade e curaria meus
oxiúros (mentira, as fotos do lugar pareciam legais e queria ver se a
água era quente mesmo).
Dirigi dez fucking horas para chegar no local.
Chegando lá, a recepção era até
agradável, naquele típico casarão goiano. O sistema de reserva deles era
meio arcaico (via email) e não conseguiam encontrar a minha. Demorou
meia hora para encontrarem, e depois mais meia hora pra arrumarem o
quarto. Os quartos eram normais mas faltou água quente no nosso chuveiro
2 vezes. Esse tipo de coisa acontece, it's no big deal. O atrativo lá
era a tal lagoa, então fui vê-la com meus próprios olhos.
Na
primeira vista devo admitir que o lugar até que surpreendeu. As fotos
eram bem realistas e mostravam o lugar como ele realmente era. Parecia
que a tal Lagoa Santa era realmente um oásis de paz, tranqüilidade e
sossego, em meio a uma terra de música sertaneja incessante.
Foi
só depois de me despir (uy) e entrar na água que os problemas começaram
a aparecer.
Primeiro: a água NÃO ERA QUENTE. Cresci freqüentando as
fontes termais do Rio Quente, onde a temperatura da água beira os 40º.
Quando entrei na lagoa, a água era de fria pra morna. Talvez para os
padrões da região, onde o povo toma banho de água gelada de cisterna,
aquilo poderia ser chamado de quente, mas para todos efeitos, estava
longe de o ser. Me disseram depois que a água tinha dado uma esfriada
por conta da chuva. Tá serto.
Segundo: Lodo. Me
julguem mas tenho nojinho. Reparem nas imagens que tem uma grande massa
verde parecida com grama envolta da lagoa. Aquilo tudo é lodo, que fica
boiando e é mantido afastado por redes. É claro que as redes não
seguram 100%, então grandes nacos e pelotas de lodo se desprendem e
ficam boiando na água. Eu tentava desviar delas ao máximo, tal como o
Titanic desviava dos icebergs, mas eventualmente um deles encostava em
mim, para meu profundo desgosto.
Terceiro:
Sapos. Também odeio sapos (beesha - by Eric). São seres demoníacos das trevas cujo alimento
são outros seres nefastos que se alimentam de morte (moscas). E bem,
uma lagoa em qualquer parte do mundo possui sapos e essa não era
diferente. De noite a lagoa é dos sapos, e se você não se importar em
nadar com eles, vá em frente.
Quarto: Peixes.
Miríades de lambaris ficam nadando ao seu redor, esperando um momento de
distração para te morderem. Algumas mordidas são leves mas tem uns
putos que tascam a dentada com todas as forças. Eu não gosto, mas sei de
gente que curte ser comido vivo por peixes.
Quinto:
a farofada. Acostumado com resorts requintados onde imperam o respeito e
os bons costumes, imaginem minha surpresa quando logo pela manhã,
hordas e mais hordas de pessoas começaram a chegar ao local, trazendo
caixas de isopor, churrasqueira e o escambau. Em alguns períodos, a
lagoa é de acesso exclusivo aos hóspedes, mas em outros é liberada para o
povão. Vejam abaixo como fica o local:
Cardumes de piranhas (beesha - by Eric) também tomam conta do local:
Colocando os prós e contras na balança:
Prós:
- O local tem sim, sua beleza natural;
- As refeições eram gostosas;
- No horário exclusivo para hóspedes, o local é tranqüilo e agradável.
Contras:
- Fica longe de tudo e de todos;
- Água não é quente;
- Tem lodo;
- Tem sapos;
- Tem peixes te mordendo;
- Tem super lotação de gente;
- A cidade Lagoa Santa não tem porra nenhuma;
- É relativamente caro (R$1400,00 por 2 diárias para 4 pessoas).
Veredito:
As fotos são fiéis mas apenas uma observação mais próxima começa a
revelar os problemas que as câmeras não captam. Porém, reconheço que a
maioria dos pontos negativos levantados são frescuras pessoais minhas.
Se você não tem problema com lodo, sapo, peixe e gente em excesso, tenho
certeza que vai conseguir aproveitar bastante o lugar. Para a população
da região, não tem nada melhor que aquilo ali, é um paraíso. Mas ainda
assim não recomendo ir à Lagoa Santa, é um local relativamente remoto,
com baixo custo-benefício.
Então é isso
pessoal, de vez em quando eu estarei aqui no ODZ, trazendo mais destinos
incríveis (ou não) para vosso deleite. Até a próxima!
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